16 de janeiro de 2019 - Uma menina de apenas um ano e quatro meses morreu depois de ser picada por um escorpião, na cidade de Aparecida, interior de São Paulo, no último dia 8. Casos como esse têm aumentado no Brasil ano a ano. Dados do Ministério da Saúde apontam que em 2017 foram registrados 125 mil casos de acidentes com escorpiões. No ano passado, o número saltou para 144 mil. A maioria dos casos geralmente acontece entre os meses de dezembro e março.
De acordo com o Biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT, MS), o problema é comum nas regiões urbanas especialmente no verão. “Cerca de 40% das ocorrências registradas em todo o país são nesse período. Por isso, a atenção deve ser redobrada nessa época do ano”, reforça o Biólogo. Ele explica que os escorpiões se alimentam de baratas, que são insetos domésticos e que nessa época do ano se proliferam, já que as condições climáticas são favoráveis para sua reprodução. “Eles invadem as casas atrás das baratas, mas acabam também buscando onde se alojar”, completa.
Segundo o especialista, nas grandes cidades a espécie mais perigosa é o escorpião amarelo (Tityus serrulatus), que se reproduz por partenogênese (ou seja, a fêmea se reproduz sozinha). E que a melhor maneira de evitar a visita desses aracnídeos é justamente manter os lugares limpos, livres de entulhos. “No quintal de casa evite o acúmulo de telhas ou de tijolos, por exemplo. Eles podem se esconder entre as frestas. E se perto de casa tiver algum terreno baldio, peça para que a prefeitura providencie a limpeza do local”, orienta o Biólogo.
Se for picado, o Biólogo recomenda que procure um serviço de atendimento médico o mais rápido possível. “A pessoa deve ser levada para o local mais próximo que tiver”, avisa. Geralmente, primeiro é aplicado um medicamento para aliviar a dor provocada pela picada do escorpião. E depois, se for o caso, é aplicado o soro antiescorpiônico. “O medicamento neutraliza as toxinas do veneno circulante no corpo”, esclarece Puorto. A aplicação é geralmente indicada para crianças e idosos, considerados maior grupo de risco.
Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada, Assessoria de Imprensa do CRBio-01