Biologia em pauta

Animais na pista podem causar acidentes; Veja quais cuidados devem ser tomados

16 de junho de 2017 - Animais silvestres, cachorros, bois, cavalos e outros tantos animais podem invadir as pistas repentinamente e causar acidentes graves. Conforme a última estatística disponibilizada pelo Departamento de Polícia Rodoviária Federal, só no Estado de São Paulo, no ano de 2011, houve 158 ocorrências de atropelamento de animais, que resultaram na morte de duas pessoas e ferimentos em 23.


Para evitar esse tipo de acidente, a instrutora de trânsito do SEST SENAT São Vicente, Isabel Albino, dá algumas informações importantes sobre o tema. Segundo ela, ao avistar animais na pista, a primeira atitude a se tomar é reduzir a velocidade e jamais buzinar, para não assustá-los. “Pelo mesmo motivo, não se deve ligar o farol alto nessas situações: os animais, quando assustados, podem ter reações inesperadas e tornar o momento ainda mais imprevisível. Eles ainda podem ficar paralisados de susto, congestionando a via”, relata a instrutora.


Isabel Albino lembra que diante de animais de pequeno porte como cachorros, gatos ou pequenos animais silvestres, a tendência natural do motorista é frear ou desviar bruscamente, sobretudo quando se está trafegando em velocidades mais altas. Ela atenta para a necessidade de se olhar pelo retrovisor antes de qualquer manobra, a fim de se certificar de que não vem nenhum carro atrás, pois um movimento inesperado pode ser a causa de um acidente mais grave.


Nos casos de animais de grande porte, é mais seguro passar sempre por trás dos bichos que estiverem atravessados na pista, pois assim é possível diminuir a velocidade de reação do animal. “É importante lembrarmos que bois e vacas não recuam. Já os cavalos podem ter reações inesperadas. Sempre que passar por uma boiada ou um outro agrupamento de animais, o motorista deve seguir em primeira marcha e nunca buzinar. Também é importante seguir com os vidros fechados por motivo de segurança”, reforça a instrutora.


Isabel alerta, ainda, sobre a importância de avisar os outros motoristas nesses casos. “Ao passar por um animal, pisque os faróis para os veículos que vierem no sentido oposto e faça um sinal com a mão para baixo, mostrando quatro dedos. Na ‘linguagem das rodovias’, esse é o aviso de que existem animais na pista. Os dedos representam as quatro patas”.


Outra dica para minimizar o risco de acidentes nesses casos é ligar para a concessionária responsável ou para a Polícia Militar no 190, que acionará a polícia rodoviária e a concessionária responsável pelo trecho. “E, por último, nunca jogue lixo nas rodovias: os restos de alimentos atraem animais para a pista”, completa Isabel.


Sobre os animais silvestres, os pequenos vertebrados, como sapos, cobras e aves de menor porte, são as principais vítimas de atropelamentos em rodovias, representando quase 90% dessas mortes. Animais de médio porte, como gambás e macacos, cerca de 10%. De maior porte, como as onças, antas e lobos, 5%. “Os animais de menor porte, obviamente, são menos resistentes à colisão. Mas, entre os maiores, muitos acabam sendo resgatados com graves ferimentos para serem tratados. Não raramente, se tornam dependentes do homem para sobreviver”, informa o Biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS).


No Congresso, um Projeto de Lei (466/2015) sobre morte de animais nas rodovias, que conta também com o apoio da sociedade civil, está em curso. Entre outras propostas, o PL prevê a criação de passarelas ou pontes para a travessia dos animais e melhor sinalização nas rodovias. Ele já foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Transportes da Câmara e agora segue para a Comissão de Meio Ambiente.



Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada, Assessoria de Imprensa do CRBio-01


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