Biologia em pauta

Alerta! Balões provocam danos incalculáveis à natureza

18 de maio de 2017 – Com a proximidade das festas de São João, em Junho, o risco de incêndios provocados por balões aumenta consideravelmente. Estima-se até 30% a mais de casos nessa época do ano. “São inúmeros os danos que a queda de um balão pode provocar. De incêndios de grandes proporções em áreas urbanas a queimadas em áreas verdes de difícil combate, o fogo acaba provocando prejuízos incalculáveis às pessoas e também ao meio ambiente, à natureza. Além do risco que oferece também à segurança da aviação”, diz o Biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS).


De acordo com o Biólogo, as queimadas destroem a fauna e a flora nativas, causam empobrecimento do solo e reduzem a penetração de água no subsolo, entre outros danos ao meio ambiente. “Além da destruição que o incêndio provoca de imediato, o local atingido pelo fogo acaba sofrendo com outras sérias consequências. O desaparecimento de determinadas espécies, animal ou vegetal, pode acabar desencadeando outros problemas, ameaçando seriamente a nossa biodiversidade”, alerta Puorto.


Proibida desde 1998, a prática de soltar balões é considerada crime ambiental, com pena de até três anos de detenção e pagamento de multa. “No entanto, só a lei não inibe a ação dos baloeiros. Por isso, é importante maior rigor no combate à prática, principalmente por meio de denúncias, até mesmo em casos apenas de suspeita”, defende o Biólogo. As denúncias podem ser feitas anonimamente ao Corpo de Bombeiros, às prefeituras, às secretarias estaduais do Meio Ambiente e também ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).


Embora esses números não estejam relacionados exatamente à queda de balões, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil até registrou uma queda no número de queimadas em 2016, se comparado ao ano de 2015 – caiu de 235 mil para 188 mil. No entanto, o ano de 2015 foi a pior da história desde que o monitoramento por satélite passou a ser registrado, em 1988. Mato Grosso, um dos estados da jurisdição do CRBio-01, no mês de junho de 2016, foi o Estado com o maior número de focos de incêndio registrado pelo INPE, com 1.417 ocorrências. Seguido do Tocantins, com 1.307.




Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada, Assessoria de Imprensa do CRBio-01



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