O “Manual de Libras para Ciências: A Célula e o Corpo Humano”, da Editora da Universidade Federal do Piauí (UFPI), apresenta sinais para os termos de Ciências que não existiam na Língua Brasileira de Sinais (Libras). O objetivo da publicação é melhorar o ensino e a aprendizagem de Ciências entre os surdos.
No prefácio do manual, Liana Maria Menezes Galeno, estudante do curso de Ciências Biológicas da UFPI, que é surda, relata como a ausência de sinais para termos de Ciências dificultava o trabalho dos profissionais intérpretes de Libras de repasse de conteúdo a alunos com deficiente auditiva.
O manual conta com dez capítulos, cada qual com um grupo de sinais para os temas: célula, tecidos, músculos, ossos, sistema circulatório, sistema urinário, sistema digestivo, sistema nervoso, sistema respiratório, sistema reprodutor feminino e sistema reprodutor masculino.
A publicação tem como público-alvo os surdos e profissionais intérpretes de Libras e de áreas como Ciências, Biologia, Medicina, Enfermagem e Psicologia.
Bruno Iles, Taiane Maria de Oliveira, Rosemary Menezes dos Santos, Jesus Rodrigues Lemos, Ana Cristina de Assunção Xavier Ferreira e Mário Augusto Silva Sousa Júnior são os organizadores do manual, que é ilustrado por Taiane Maria de Oliveira.
A Libras foi desenvolvida no século 19 no Instituto Nacional da Educação de Surdos (Ines), no Rio de Janeiro, com inspiração na língua gestual francesa. Somente no ano de 2002, a Libras foi oficialmente reconhecida como meio legal de comunicação e expressão no Brasil, por meio da Lei 10.436/2002.
(Publicado em 30 de novembro de 2020)