Biologia em pauta

Segunda onda da Covid-19 pode chegar ao Brasil?

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Uma segunda onda da Covid-19 na Europa levou diversos países do continente, como Alemanha, França e Reino Unido, a anunciar o reestabelecimento de medidas de lockdown.

Uma mutação do vírus batizada de "20A.EU1", rastreada inicialmente na região de Aragon, na Espanha, é a responsável pela segunda onda na Europa. A propagação dessa variante deu-se a partir do território espanhol, principalmente durante o período de férias.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as mortes diárias por Covid-19 em território europeu aumentaram quase 40% na comparação entre as duas últimas semanas de outubro.

De acordo com a Bióloga Ana Paula Kataoka, conselheira do CRBio-01, os especialistas já previam a eclosão de uma segunda onda da Covid-19, após o relaxamento das medidas restritivas: “No Brasil, uma segunda onda não está descartada e devemos nos preparar para esta possibilidade”.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o Brasil já fechou 65% dos leitos de UTI abertos desde o início da pandemia, que diminuíram de 14.843 para 5.233.

Ana Paula afirma que não há como prever a dimensão da segunda onda, mas é possível antever parâmetros: “Acredita-se que, em países onde a circulação do vírus foi maior, a segunda onda pode ser menor, devido à provável imunidade da população. Em países onde houve lockdown, a população estaria mais susceptível e a segunda onda poderia ser maior”, explica a Bióloga.

No Brasil, a primeira onda está longe de ser debelada. Houve um pico epidemiológico entre junho e julho, quando o número de mortos girou em torno de mil por dia. Nas últimas semanas, a média diária de mortes está próxima de 500. A Covid-19 já vitimou mais de 160 mil pessoas no país.

(Publicado em 03 de novembro de 2020)

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