Foram divulgados alguns resultados preliminares da primeira fase do estudo promovido por consórcio internacional de cientistas, cujo objetivo inclui a identificação das medidas mais eficazes para reduzir a incidência da forma grave da COVID-19.
A primeira fase da pesquisa obteve mais de 20.000 questionários respondidos online no início do mês de abril e traz uma perspectiva sobre o impacto do distanciamento social na vida dos brasileiros.
“Tivemos a participação de pessoas de todos os estados brasileiros, sendo que os quatro estados com maior participação foram São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. 54% dos participantes moram em área central da cidade, mas contamos com a participação de moradores de área rural também”, afirma a coordenadora da pesquisa no Brasil, a Profª Edlaine Faria de Moura Villela, PhD em Epidemiologia e Saúde Pública pela USP/SP.
O estudo tem mostrado que o isolamento tem sido respeitado pela maioria, pois mais de 60% passaram a trabalhar em casa diante da pandemia do novo coronavírus, o que pode ter contribuído para atrasar o pico do número de casos no Brasil. No entanto, 42% ainda tiveram contato físico com pessoas fora da sua casa há mais de uma semana.
Em relação as medidas preventivas individuais, a professora mencionou a maioria dos participantes demonstraram aderir tais medidas de forma satisfatória. 92,6% mantêm a regra social de ficar distante das outras pessoas. “As medidas que chamaram atenção por terem pouca adesão foi o uso da máscara facial para sair de casa e a mensuração da temperatura corporal toda semana”, destaca a Profª Edlaine.
O estudo também indicou que pessoas passaram a consumir alimentos mais saudáveis neste período (77,5%) e mais vitaminas e sais minerais (57,1%). Mesmo diante de maiores cuidados, 18% delas teve sintomas gripais entre fim de março e início de abril. Além disso, 17,3% apontaram que alguém que mora com ele/ela teve sintomas gripais nos últimos 7 dias.
“Um resultado que chamou nossa atenção é que a maioria das pessoas não estão preocupadas com a sua própria saúde, mas demonstram grande preocupação com a saúde de seus familiares e amigos”, diz a coordenadora da pesquisa.
Segunda Fase
A segunda fase do estudo terá início hoje (23/04) e terá duração de apenas três dias.
O questionário é simples e rápido, e apresentará novas questões muito importantes. Todos podem participar, independente de terem participado ou não da primeira fase.
Para preencher o questionário e para ter acesso ao protocolo de pesquisa, clique aqui.