À frente do Reino Unido e dos Estados Unidos e atrás apenas da Coreia do Sul e do México, o Brasil está entre os três países que mais vacinam os maiores de 65 anos. De acordo com informações do Instituto Butantan, somente em 2018, o Ministério da Saúde vacinou 14.335.239 pessoas nessa faixa etária.
Importante em todas as idades, a vacinação é uma das medidas mais eficazes para a prevenção de doenças e para o controle de epidemias. Isso porque elas são substâncias que possuem como função estimular o corpo humano a produzir respostas imunológicas, para proteção contra determinadas doenças, sendo produzidas a partir do próprio agente causador da enfermidade, que é introduzido no corpo de forma enfraquecida ou inativada.
Para o Biólogo Giuseppe Puorto, membro do Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (CRBio-01), os Biólogos, como profissionais aptos para a produção e a manipulação de diversas vacinas contra vírus e bactérias, têm, também, o importante papel da conscientização da população no que se refere à importância da vacinação. “A imunização não é uma escolha individual. É uma questão de Saúde Pública”, defende o Biólogo.
Assim, à medida que toda a população vai sendo vacinada, os índices de contração de determinadas doenças caem até que elas sejam consideradas erradicadas no país. Foi o caso, no Brasil, da poliomielite e da varíola.
No entanto, algumas doenças voltaram a se disseminar no país, apesar da disponibilidade de vacinas, a exemplo do sarampo. De janeiro a outubro deste ano, o Brasil teve 10.429 casos confirmados de sarampo e, até novembro, foram confirmadas 14 mortes em decorrência da doença.
De acordo com informações do jornal O Globo , o Ministério da Saúde enviou 5,2 milhões de doses extras da vacina tríplice viral aos estados em outubro. Além disso, há 2,3 milhões de doses, enviadas durante a primeira etapa da campanha contra o sarampo, em estoque dos estados. Para novembro, está prevista a entrega de mais de 4 milhões de doses pelos fornecedores, que serão enviadas aos estados de acordo com a necessidade, totalizando 11,3 milhões de doses extras.
“A vacinação é a única forma de se blindar contra a doença. Se ela não está em falta, não deveria ter motivo para o que está ocorrendo”, diz o Biólogo Horácio Teles, membro do CRBio-01.