Biologia em pauta

CRBio-01 esteve presente na inauguração do Centro de Conservação da Ararinha-azul

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Foto: André Casé

O Zoológico de São Paulo inaugurou, na sexta-feira 03/05, o Centro de Conservação Ararinha-azul, a pedido do CEMAVE, órgão do Governo Federal. A instituição foi escolhida para abrigar 27 animais desta espécie, uma das mais raras do mundo, com o intuito de reintroduzir o animal na natureza.

O presidente e a vice-presidente do CRBio-01, respectivamente, André Camilli Dias e Neiva Guedes, marcaram presença na inauguração do Centro de Conservação. O espaço, exclusivo para as ararinhas, possui 900 metros quadrados e conta com salas de incubação de ovos, maternidade com controle de temperatura e iluminação, sala para atendimento veterinário, cozinha e escritório. O recinto ainda possui ambientes para as aves com espaços cobertos e ao livre com capacidade para abrigar até 44 ararinhas.

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Foto: André Camilli Dias

Atualmente, a ararinha-azul é considerada ameaçada de extinção e o grupo presente no Zoo SP veio da Fazenda Cachoeira, em Belo Horizonte/MG. Para Fernanda Guida, bióloga responsável pelo setor de aves do Zoológico de São Paulo, o principal desafio é a reprodução. “Nós tomamos a decisão de não só atender este pedido de abrigo [do CEMAVE], mas criar um centro para manutenção e reprodução da espécie para trabalhar com elas a longo prazo”, explica a bióloga.

Em todo o globo, a população atual de ararinhas-azuis mantidas sob cuidados humanos conta com aproximadamente 334 indivíduos, dos quais 85 estão em instituições no Brasil. O zoológico hoje é responsável pelo cuidado de 27 destes animais, ou seja, aproximadamente 8% da população mundial.

A bióloga de conservação e pesquisa do Zoológico de São Paulo, Marina Somenzari, afirma que a ararinha-azul é um dos maiores símbolos da biodiversidade brasileira. Criticamente ameaçada em extinção, a ave é nativa e endêmica – isto é, não encontrada em nenhum outro lugar - da região de Curuçá, na Bahia, cujo bioma é a Caatinga.

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Foto: Neiva Guedes

Com nome científico Cyanopsitta spixi, a ararinha-azul foi a espécie que inspirou o personagem “Blu” na animação Rio, lançada em 2011. O grupo do zoológico é composto por seis casais, dos quais um é recém-formado. Já os outros 15 indivíduos são jovens e ainda vão alcançar a maturidade sexual.

Para a bióloga Marina Somenzari, o objetivo do Centro é oferecer os mais altos padrões de cuidado para os animais existentes e fomentar sua reprodução para, futuramente, possibilitar o retorno desses indivíduos à natureza.

O Centro de Conservação Ararinha-Azul é a primeira etapa da iniciativa “Juntos para Conservar” que visa criar um fundo específico para investimentos na conservação de espécies ameaçadas.

No evento, o os representantes do CRBio-01 tiveram a oportunidade de encontrar vários biólogos, veterinários e amigos de longa data, lutando pela mesma causa:
● João Paulo Capobianco – Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente;
● Ronaldo Morato - Coordenador Geral na Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima;
● Marcelo Marcelino - Diretor de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade do ICMBio;
● Priscilla do Amaral – Coordenação do CEMAVE;
● Luís Fábio Silveira – Curador das Coleções Ornitológicas do Museu de Zoologia da USP;
● Beto Polenzel do Criador Sérgio Polenzel (que cuidou da incubação dos ovos de araras-vermelhas apreendidas no final do ano passado);
● Marina Somenzari - bióloga de Conservação e Pesquisa do Zoo,
● Fernanda Guida – responsável pelo Setor de Aves;
● Silvia Neri Godoy – CEMAVE, Equipe de Educação Ambiental do Zoo;
● Thomaz Miazaki Toledo, Biólogo e Presidente da CETESB;
● Cláudio Hermes Mass, Diretor Técnico do Zoológico de São Paulo


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Fotos: André Casé

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