O livro Herpetofauna de Mato Grosso Vol. I – Anfíbios, lançado em março pela Editora CRV, se propõe a mostrar, de maneira didática e acessível, as muitas espécies de anfíbios presentes no estado, catalogando aspectos como tamanho, habitat e nível de ameaça de extinção.
Trazendo belas fotos e ampla variedade de informações sobre as muitas espécies de anfíbios presentes em Mato Grosso, organizadas de maneira didática, a obra se propõe a preencher uma lacuna entre as publicações sobre o assunto. Apesar de haver vários guias tratando dos anfíbios do país, faltava uma obra dedicada especificamente ao estado, que tem, em seu território, três dos principais biomas brasileiros: a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal, todos com grande biodiversidade.
A coleção terá outro volume, dedicado aos répteis (serpentes, lagartos, quelônios e crocodilianos) do Mato Grosso.
Os sete autores, todos com formação em Biologia ou Medicina Veterinária, são professores e pesquisadores em várias universidades brasileiras.
Entre eles está o Biólogo André Pansonato, que se envolveu com o projeto em 2004, quando ainda era estudante da graduação.
“O longo tempo para produção do guia reflete as dificuldades não só em conseguir dados confiáveis, mas também para produção e impressão do material”, relembra o autor.
Segundo Pansonato, os autores contaram com apoio de pesquisa de outros projetos que contribuíram para a produção do guia. A elaboração e publicação do livro foi totalmente financiada por eles, tendo nascido do desejo de compartilhar o conhecimento acumulado em muitos anos de estudos dos autores sobre o assunto.
“A obra é fruto do acúmulo de conhecimento de décadas”, ressalta ele. “Queremos promover conhecimento.”
De acordo com o autor, o livro é direcionado tanto ao público acadêmico quanto aos entusiastas desses animais. Ele lembra que anfíbios frequentemente sofrem com associações negativas na cultura popular, o que muitas vezes impede que as pessoas aprendam mais sobre a grande importância deles na natureza.
“O livro ajuda a explicar o quanto é importante conhecer para conservar”, diz ele.
(Publicado em 01 de julho de 2021)