As aranhas são responsáveis pelo segundo maior número de casos de acidentes com animais peçonhentos no Brasil, atrás apenas dos escorpiões, informa Giuseppe Puorto, Biólogo do Instituto Butantan e conselheiro secretário do Conselho Regional de Biologia da 1ª Região (CRBio-01).
Em 2019, houve cerca de 37 mil acidentes com aranhas no país, com um índice de letalidade médio de 0,1%.
Duas espécies são responsáveis por quase todos os casos. As aranhas-armadeiras lideram o ranking de acidentes. Elas estão presentes principalmente no Sudeste, mas também no Sul. Essa espécie não faz teias e abriga-se atrás ou embaixo de móveis, quadros e outros objetos, em buracos ou tocas, e alimenta-se de insetos pequenos. Com alguma frequência, elas entram nas roupas e as pessoas são picadas, geralmente nas mãos, quando vão se vestir.
A picada da aranha-armadeira provoca dor. A recomendação é lavar o local com água e sabão e dirigir-se para o serviço de saúde mais próximo. O paciente será tratado com analgésicos e, se for o caso, receberá o soro específico.
A aranha-marrom é a segunda em número de acidentes. Essa espécie, cujo corpo tem só 1cm de largura, apresenta grande incidência na cidade de Curitiba (PR). Ela constrói teias e se abriga em entulhos. Nas casas, geralmente tece as teias atrás de móveis e quadros.
A picada da aranha-marrom causa pouca dor e o local fica rígido e com uma mancha. Mas a lesão costuma evoluir e o paciente deve buscar atendimento médico.
Continue acompanhando as redes sociais e o portal do CRBio-01. Ao longo da série “animais peçonhentos”, vamos detalhar as características dos acidentes com escorpiões, aranhas e serpentes, os respectivos procedimentos de socorro, além do tratamento e medidas de prevenção recomendadas.
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(Publicado em 09 de março de 2021)