A quarta edição do Simpósio Brasileiro de Orquídeas (IV SIMBRAORQ), organizada pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), de Presidente Prudente, acontece de 22 a 26 de março, pela primeira vez no formato online. As inscrições para participação e apresentação de trabalhos podem ser realizadas em www.unoeste.br/Eve/Inscricoes/659.
A Bióloga Mariane Marangoni Hengling, doutoranda da Unoeste e integrante do comitê organizador do IV SIMBRAORQ, ressalta que o evento será uma oportunidade de interação entre o mundo acadêmico e a cadeia de produção de orquídeas, nos quais trabalham muitos Biólogos e Biólogas.
O cultivo de orquídeas integra o pujante setor de produção de plantas ornamentais, que conta com mais de 8 mil produtores, grande parte localizada no Estado de São Paulo, segundo o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor). O Brasil está entre os 15 maiores produtores de flores do mundo. As orquídeas (com destaque para a Phalaenopsis), Kalanchoe, Chrysanthemum e Anthurium são as plantas em vasos mais produzidas no país.
“Os Biólogos se inserem em todos os elos da cadeia produtiva das orquídeas, um mercado crescente. Eles trabalham na semeadura em laboratórios, no cultivo, no comércio, em conservação e na pesquisa”, ressalta Mariane Hengling.
A Bióloga explica que há em torno de 30 mil espécies de orquídeas em todas as regiões do planeta, com exceção dos pólos norte e sul. Mas a reprodução das orquídeas na natureza encontra dificuldades e muitas espécies estão em extinção.
A produção comercial de orquídeas começa, em geral, com a semeadura em laboratórios privados, com a utilização de meios de cultura. As plantas são cultivadas com temperatura e luminosidade controladas. Os laboratórios geralmente vendem as mudas para empresas com casas de vegetação, as populares estufas, que posteriormente comercializam as orquídeas para varejistas diversos, como as floriculturas.
Além de servir como flor ornamental, algumas espécies de orquídeas têm uso industrial. É o caso da Vanilla planifolia, cuja semente serve de matéria prima para a produção de extrato de baunilha.
Há oportunidades também para Biólogos nas atividades de pesquisa relacionadas a orquídeas, que buscam aprimorar métodos de produção e contribuir para a preservação de espécies em extinção, entre outros objetivos. Mariane Hengling integra o Grupo de Pesquisa e Extensão em Orquídeas da Unoeste, que dispõe de um banco de sementes com cerca de 400 amostras de orquídeas brasileiras, preservadas em baixas temperaturas.
(Publicado em 18 de fevereiro de 2021)