Biologia em pauta

Estudo revela como o consumismo afeta espécies já ameaçadas

09 de janeiro de 2017 – Um estudo, publicado na semana passada na revista Nature Ecology & Evolution, aponta aos consumidores dos Estados Unidos, China, Japão e União Europeia como os produtos exportados têm impacto sobre a biodiversidade mesmo quando se encontra a milhares de quilômetros.


Para obter café ou tofu, por exemplo, são arrasadas florestas em Mato Grosso (Brasil) e Sumatra (Indonésia), agravando a situação das espécies já em risco de extinção. Assim como os produtos manufaturados, desde celulares a móveis, também ajudam para o declínio da vida selvagem.


Segundo um estudo anterior, 30% das espécies ameaçadas chegaram a essa situação devido ao comércio internacional. O novo relatório aponta que cerca de 7.000 espécies marinhas e terrestres ameaçadas são de países que colocam a biodiversidade em perigo devido aos produtos que importam.


Aqui no Brasil, cerca de 2% da ameaça sobre a rã arlequim pode ser atribuída diretamente à produção de bens para os Estados Unidos. No sul do país, o desmatamento para os pastos destinados à pecuária põe em risco o macaco aranha, espécie ameaçada pela produção de café na América Central.


De acordo com cientistas, a Terra entrou em uma era de “extinção em massa”, em que animais e plantas estão desaparecendo 1.000 vezes mais rápido do que há alguns séculos. Para eles, é urgente encontrar novas soluções para essa perda de biodiversidade.


Os cálculos desse estudo não cobrem o impacto do comércio ilegal na vida selvagem, como a caça de elefantes para obter marfim ou a captura de pássaros exóticos e répteis para venda como animais de estimação. Esse tráfico que movimenta 150 milhões de dólares por ano também continua forte.


Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada, Assessoria de Imprensa do CRBio-01

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