Desde 2015, época do surto de microcefalia na região Nordeste do Brasil, a Bióloga Mayana Katz, registrada no Conselho Regional de Biologia da 1ª Região (CRBio-01), tem pesquisado a respeito do vírus da zika.
Ao aprofundar sua pesquisa, Katz verificou que o vírus apenas causava microcefalia nos bebês que tinham certa predisposição genética e que ele não era muito prejudicial para as mães, somente afetando os cérebros dos fetos onde havia esta predisposição.
Considerando que o processo de multiplicação celular dos fetos é semelhante ao do crescimento de tumores, a Bióloga passou a investigar se o vírus da zika poderia ser utilizado no tratamento de pacientes com tumores.
Em seu laboratório no Centro de Pesquisas em Genoma e Células-tronco (CEGH-CEL), do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP), ela tem trabalhado para tentar responder a essa questão junto com sua equipe.
Diversos experimentos foram realizados e, em 2017, foram promovidos testes nos quais o vírus da zika foi injetado em camundongos com tumores cerebrais. Os resultados indicaram que, em um terço dos animais testados, a doença desapareceu completamente, inclusive as metástases. Nos outros dois terços, foi verificada uma redução significativa do tumor.
Para levar adiante a pesquisa, que visa ao desenvolvimento de um medicamento ou tratamento para tumores cerebrais em dois anos, a Bióloga lançou uma campanha de crowdfunding para suporte financeiro para a contratação da equipe que trabalhará na pesquisa – como médicos, enfermeiros, veterinários e pessoal administrativo.
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