Fósseis desenterrados na cidade de São João do Polêsine, localizada no Sul do Brasil, em 2014, pertenciam a um dos dinossauros carnívoros mais antigos de que se tem notícia no mundo todo: o recém-batizado Gnathovorax cabreirai, que vivia em uma área florestal durante o período Triássico, há 230 milhões de anos, quando a América do Sul ainda fazia parte do supercontinente Pangeia.
A preservação quase perfeita dos ossos do dinossauro inclui o crânio sem nenhum dano, uma descoberta extremamente rara, que possibilitou que a equipe de pesquisadores que o encontrou reconstruísse o cérebro do dinossauro por tomografia computadorizada. A estrutura revela que essa espécie era um predador ativo com boa visão, foco e equilíbrio, características que o ajudavam a capturar presas usando seus dentes afiados e serrilhados e as garras compridas.
O Gnathovorax cabreirai pertence a uma família muito antiga de dinossauros carnívoros denoninada Herrerasauridae, que estão entre uns dos primeiros dinossauros que já existiram e que conhecemos. Embora os cientistas venham debatendo se essa linhagem deu origem aos famosos predadores do Jurássico e do Cretáceo, como o Tyrannosaurus rex, a descoberta do Gnathovorax cabreirai sugere que, ao contrário do que se pensava, eles pertenciam a linhagens diferentes.
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Com informações de National Geographic Brasil