20 de dezembro de 2018 - Desde o início dessa semana, milhares de peixes mortos têm aparecido em pelos menos 10 quilômetros das praias de Ilha Comprida, litoral de São Paulo. A provável causa seria a sobrepesca, ou seja, os animais foram capturados durante ação de pesca, geralmente por arrastão, e depois descartados.
De acordo com o Biólogo João Alberto Paschoa dos Santos, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS), órgãos ambientais estabelecem uma cota para a retirada de espécies do mar, que não pode ser ultrapassada. “No entanto, a sobrepesca já atinge quase 80% das principais espécies exploradas pela atividade pesqueira na costa brasileira”, avisa Santos.
Para ele, se não houver maior controle sobre a pesca predatória no país, muitas espécies correm o risco de extinção. “Com a sobrepesca, algumas espécies acabam não tendo tempo suficiente de reprodução. E, aos poucos, vão se tornando cada vez menos presentes em nossas águas. Daqui a algum tempo, podem sumir de vez”, alerta o Biólogo.
O conselheiro do CRBio-01 cita a sardinha-verdadeira como exemplo desse efeito. Sua produção no país era de 228 mil toneladas, em 1973. Em 2011, caiu para apenas 75 mil toneladas.
Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada, Assessoria de Imprensa do CRBio-01