Biologia em pauta

Estudo analisa risco de diferentes animais para a aviação civil

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Um estudo que analisou as espécies da fauna que oferecem maior risco para a aviação no Brasil foi publicado na renomada publicação Ornithology Research.
O artigo “Traffic in the sky: ranking the hazard bird species to aircraft collision in Brazil” (Tráfego aéreo: ranqueando as espécies de aves que oferecem risco de colisão com aeronaves no Brasil) foi escrito por Alex A. A. Bovo, Fernanda D. Abra, Cesar A. B. Medolago, Leticia Prado Munhões e Paula R. Prist, em uma colaboração entre o Cemave-ICMBio (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres), ViaFauna Estudos Ambientais, Smithsonian Conservation Biology Institute, Academia da Força Aérea e EcoHealth Alliance.
O trabalho utilizou como base mais de 80 mil relatórios de incidentes e colisões no período de 2011 a 2022 para gerar um ranking atualizado de risco relativo das aves para a aviação no Brasil. O ranking, que é baseado na porcentagem de colisões com danos para a aeronave e efeito no voo para cada espécie, apontou o urubu-preto (Coragyps atratus), cães (domésticos ou silvestres), a fragata (Fregata magnifiscens) e a seriema (Cariama cristata) como as espécies com maior risco para a aviação no país.
O artigo aponta que as colisões com aves são um grande risco para a aviação, resultando em mais de 230 mortes e gerando prejuízos econômicos superiores a 1 bilhão de dólares por ano devido a atrasos e cancelamentos.
De acordo com os autores, a partir do ranqueamento das espécies e da identificação de quais são os fatores responsáveis pela atração dos indivíduos, será possível desenvolver medidas de manejo para reduzir o risco de colisões. Por exemplo: como os urubus podem ser atraídos por aterros sanitários e descarte irregular de lixo, o correto manejo desses locais no entorno de aeródromos pode resultar em maior segurança.
Considerando a diversidade de espécies brasileiras, o estudo também apresenta rankings por bioma e um ranking para aeródromos localizados a menos de 10 km da costa, possibilitando a adoção de medidas mais eficazes em nível regional.
Leia o artigo completo aqui.

(Publicado em 15 de fevereiro de 2024)

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